
Como um homem religioso, procurara cumprir todos os mandamentos.
Mas seu coração estava em outras coisas. Ele vinha cumprindo a Lei simplesmente pelo benefício que ela oferecia: a garantia da vida eterna.
Nunca aprendera a amar a Deus de coração. Era como um segundo negócio que traria seus lucros no tempo certo.
Seu principal negócio era aumentar a riqueza que havia herdado. Isso não era uma tarefa fácil e consumia todo seu tempo.
Exigia vários esforços: evitar pessoas cujas conversas terminariam inevitavelmente em pedidos de empréstimos; analisar propostas de negócios que envolviam fortes investimentos com retornos duvidosos; fiscalizar e cobrar a produção dos rebanhos, dos olivais, das videiras, da produção de pães e das empresas de pesca.

Ser religioso, aliás, agregava bastante valor aos seus negócios. Todos queriam fechar contratos com um homem honrado que cumpria a Lei de Moisés. O seu coração estava nisso. Ele vibrava com cada oportunidade de aumentar sua riqueza. Sentia um prazer imenso em ser reconhecido pela sua capacidade de negociar.
E euforia tomava conta do seu coração, momentos antes da reuniões de negócio. Era uma homem muito ambicioso. Sua ambição não conhecia limites. Alguns até o reputavam como ganancioso. Estabeleceu metas e alvos a si mesmo. E nada nem ninguém o impediria de atingir seus objetivos.
E, no meio de toda essa correria, perdeu a maior riqueza da vida: a certeza da vida eterna e seu resultado mais imediato, a paz no coração.

Ele perdeu a vida eterna em algum momento da sua caminhada. Ou nunca a teve de verdade, porque nunca colocou seu coração nela.
Por mais que tenhamos ambições, metas e alvos a atingir nessa vida, nunca percamos Deus de vista. Ele é nossa maior riqueza, e portanto, nossa maior prioridade.
Autor: Pr Edival Alves dos Santos
Por Lidiomar
Graça e Paz
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